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Capítulo 16 de 150

1Súplica de Davi. Ouvi, Senhor, uma causa justa! Atendei a meu clamor! Escutai minha prece, de lábios sem malícia.*

2Venha de vós o meu julgamento, e vossos olhos reconheçam que sou íntegro.

3Podeis sondar meu coração, visitá-lo à noite, prová-lo pelo fogo, não encontrareis iniquidade em mim.

4Minha boca não pecou, como costumam os homens; conforme as palavras dos vossos lábios, segui os caminhos da lei.

5Meus passos se mantiveram firmes nas vossas sendas, meus pés não titubearam.

6Eu vos invoco, pois me atendereis, Senhor; inclinai vossos ouvidos para mim, escutai minha voz.

7Mostrai a vossa admirável misericórdia, vós que salvais dos adversários os que se acolhem à vossa direita.

8Guardai-me como a pupila dos olhos, escondei-me à sombra de vossas asas,

9longe dos pecadores, que me querem fazer violência. Meus inimigos me rodeiam com furor.

10Seu coração endurecido se fecha à piedade; só têm na boca palavras arrogantes.

11Eis que agora me cercam, espreitam para me prostrar por terra;

12qual leão que se atira ávido sobre a presa, e como o leãozinho no seu covil.

13Levantai-vos, Senhor, correi-lhe ao encontro, derrubai-o; com vossa espada livrai-me do pecador,

14com vossa mão livrai-me dos homens, desses cuja única felicidade está nesta vida, que têm o ventre repleto de bens, cujos filhos vivem na abundância e deixam ainda aos seus filhos o que lhes sobra.

15Mas eu, confiado na vossa justiça, contemplarei a vossa face; ao despertar, irei saciar-me com a visão de vosso ser.